Contrato de sequestro de carbono com a EDP

Serviços Ambientais

Contrato pioneiro no mercado voluntário de carbono celebrado entre a Terraprima e a EDP entre 2006 e 2012. 

Este contrato visou o sequestro de cerca de 7 000 t CO2q por ano entre 2006 e 2012, de forma a evidenciar a viabilidade de utilização de sumidouros naturais de origem agro-florestal na redução nacional das emissões de gases com efeito de estufa.

Foram consideradas quatro actividades potenciadoras de sequestro de carbono: novas plantações florestais, gestão florestal, sementeira directa e sementeira de Pastagens Semeadas Biodiversas. Nas três primeiras o contrato foi estabelecido apenas com a Quinta da França, e nas restantes houve sub-contratação do sequestro de carbono a 14 outras explorações agrícolas.

O projecto encerrou em 2012 e atingiu o objectivo pretendido de 49 000 ton CO2. Nos dois primeiros anos do projecto, 2007 e 2008, foram desenvolvidas as metodologias de amostragem de carbono no solo nas actividades agrícola e de pastagens e também para os solos florestais. Foi também efectuada a medição de stocks de biomassa aérea para a parte florestal.

A implementação da metodologia de amostragem e quantificação do carbono no solo integrou diversas entidades:

  • a Terraprima, promotora do projecto;
  • o Laboratório Químico Agrícola Rebelo da Silva (INIAV), que contribuiu para a definição da metodologia de recolha de amostras de solo e que analisou o teor de matéria orgânica das mesmas;
  • a SGS, entidade externa verificadora do processo;
  • a Agência Portuguesa do Ambiente, entidade de referência pelo facto dos métodos de cálculo de sequestro de carbono por si seleccionados para o Inventário Nacional de Emissões do Protocolo de Quioto (NIR) serem considerados, neste projecto, como métodos de referência.

 

O debate da metodologia com a APA visou a compatibilização com o NIR, no qual se incluem os sumidouros naturais.