Neste estudo a Terraprima propõe e explora formas de integrar e contabilizar o sector de uso de solos e florestas no futuro acordo climático a celebrar no âmbito da Convenção de Alterações Climáticas em 2015.
O sector de uso de solos e florestas (LULUCF) é amplamente reconhecido como tendo grande potencial para acções de mitigação, tanto em termos de sequestro de dióxido de carbono como na redução de emissões de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso.
Este sector pode também ser fundamental na substituição de energia (por biomassa ou biocombustíveis líquidos) e de materiais de utilização mais intensiva de energia. É também um sector que será especialmente afectado pelas alterações climáticas e está sob forte pressão para produzir enormes quantidades de alimentos, fibras e energia para atender à crescente população mundial.
No passado recente este foi, sem dúvida, um dos sectores onde foi mais difícil chegar a acordo nas negociações dos Acordos de Marraquexe, no âmbito do Protocolo de Quioto. Tal resultou de dois conjuntos de "problemas": (1) a consideração do sector apenas no final do processo de negociação; (2) a complexidade do sector e as suas diferenças em relação a outros sectores.